Ministério seleciona projetos para implantação do Trem Pé Vermelho


Por Lucas Emanuel Andrade – Redação Bonde

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Portaria do Ministério das Cidades publicada nesta segunda-feira (23), no Diário Oficial da União, seleciona projetos para a implantação do Trem Pé Vermelho. A obra vai ligar as regiões de Londrina e Maringá em um trecho ferroviário de 122 quilômetros com custo estimado em R$ 700 milhões.

O empreendimento foi aprovado pelo Comitê Gestor do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) no dia 27 de fevereiro e terá recursos da União. A obra fará parte do Plano de Mobilidade Urbana e Trânsito do Governo Federal. A portaria, no entanto, não estabelece prazos.

A Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná informou que aguarda resposta nesta semana do Ministério das Cidades para a formalização de convênio que permitirá o uso do recursos para licitação do projeto executivo do Trem Pé Vermelho. O pedido do recurso via PAC foi solicitado em 2012 e novamente em 2013 e, agora está sendo liberado para a elaboração do projeto que definirá o melhor traçado do trem, de tal forma que não interfira na atual ligação feita pela América Latina Logística. Com o projeto elaborado, o governo federal – que é o responsável legal pelos investimentos ferroviários – poderá definir pela construção da ferrovia, melhorando a mobilidade na região.

Estudo de viabilidade realizado pelo Laboratório de Transporte e Logística (LabTrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apontou que a região possui viabilidade técnica e econômica para a implantação do projeto. O custo da tarifa entre Maringá e Londrina ficaria entre R$ 20 a R$ 30 com o tempo de viagem variando de 2h a 3h20.

Os valores foram considerados conforme o trajeto, tempo de viagem e número de paradas até o destino final. A tarifa deve ser definida pelo administrador do serviço e vai competir com a do transporte rodoviário. A capacidade total do transporte poderia chegar a 766 passageiros.

Uma opção apresentada pelo estudo foi a construção de uma linha alternativa para o transporte de cargas. Isso afastaria o serviço dos centros urbanos. Além disso, as atuais linhas férreas seriam usadas pelos veículos leves sobre trilhos, conhecidos como VLT, facilitando a instalação de estações com melhor acesso para a população.

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